Ateístas britânicos em delírio

Na cidade onde a Confissão de Fé de Westminster (1646) foi redigida, onde viveram John Wesley (1703-1791), o fundador do metodismo, William Booth (1829-1912), o fundador do Exército de Salvação, e Charles Spurgeon (1834-1892), o “príncipe dos pregadores”,
duzentos ônibus urbanos (além de outros seiscentos no resto do país) ostentam cartazes com os seguintes dizeres: “There’s probably no God. Now stop worrying and enjoy your life” (Provavelmente, Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida). A campanha ateísta que custou 195 mil dólares é uma iniciativa da Associação Humanista Britânica em reação aos pôsteres evangélicos sobre a salvação em Cristo e conta com o apoio do biólogo ateu Richard Dawkins, autor de “Deus, Um delírio”. O projeto, que começou no dia 6 de fevereiro e vai até o mês de abril, só não foi mais ostensivo e direto porque a lei proíbe. O que aconteceu em Londres faz lembrar o Salmo 2, o mesmo que foi citado na oração da igreja primitiva (At 4.25-26). Esse Salmo traz à tona a velha aspiração humana de livrar-se da existência e da autoridade de Deus: “Os líderes das nações se reuniram e traçaram planos para derrotar o Senhor e seu Escolhido”, tomando a seguinte decisão: “Vamos quebrar essas correntes e acabar com essa escravidão a Deus” (Sl 2.2-3, BV). É impossível não relacionar a proposta das faixas e dos pôsteres na Inglaterra com a contraproposta do último capítulo de Eclesiastes. Enquanto a Associação Humanista Britânica nos diz que devemos curtir a vida à vontade, já que não há quem temer, o sábio é conclusivo: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem” (Ec 12.13).

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